Torcedor do San Lorenzo e apaixonado por futebol, Papa Francisco morre aos 88 anos

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O papa Francisco morreu aos 88 anos na madrugada desta segunda-feira (21). Nascido em Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio foi o primeiro sul-americano a ocupar o cargo máximo da Igreja Católica. Seu papado durou 12 anos.

O Vaticano não informou as causas da morte, mas Francisco se recuperava de uma pneumonia após ter ficado 38 dias internado.

O Papa que ama o futebol

Francisco foi homenageado por diversos clubes de futebol e celebridades em todo o mundo. De acordo com vários seguidores, Francisco deixa um legado de amor, união e paz.

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Torcedor do San Lorenzo de Almagro, Jorge Mario Bergoglio era um apaixonado por futebol e não escondia sua paixão pelo esporte. Além de fiel torcedor do clube de sua cidade, Francisco também era sócio do time.

Jorge assumiu o cargo máximo da Igreja Católica em 2013. No ano seguinte, em 2014, os “Corvos” conquistaram a Copa Libertadores da América.

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O livro

A relação do papa Francisco com o futebol era tão forte que inspirou um de seus fãs — autor de vários livros sobre grandes celebridades do esporte — a criar uma história.

Ainda em 2014, Michael Part lançou o livro O Papa que ama o futebol. A obra fala um pouco sobre a vida de Jorge Mario Bergoglio e sua relação com o San Lorenzo.

Foto: Vitor Hugo Ribeiro

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Histórias insólitas da Libertadores

Além de ganhar um livro só com suas histórias, Jorge Mario Bergoglio também serviu de inspiração para o jornalista Luciano Wernicke autor do livro Histórias Insólitas da Libertadores, lançado no ano de 2021.

No livro, a história de Papa Francisco é descrita com Luciano como “Bendita Copa”. Veja a parte em que a entidade máxima da Igreja Católica é lembrado:

“A eleição do cardeal argentino Jorge Mário Bergoglio como chefe da Igreja Católica possibilitou a posse do primeiro Papa americano e, também, torcedor de futebol. Francisco não só jogou bola durante a infância no bairro das Flores, na cidade de Buenos Aires, como, desde muito jovem, abraçou com fervor as cores do clube San Lorenzo de Almagro. Bergoglio costumava acompanhar o pai nos jogos de um time que, além lembrar um santo católico, havia sido fundado por um grupo de meninos assistidos por um padre, Lorenzo Massa. O romance ardente nunca esfriou, nem mesmo com a mudança para Roma. Quando, em meados de março de 2013, Bergoglio se tornou Francisco, a paixão pelo futebol e pelas cores azul e grená chegou ao Vaticano. Em dezembro daquele anoX centenas de meios de comunicação de todo o mundo relataram que “o time do Papa Francisco venceu o campeonato argentino”. A conquista da Copa Libertadores também foi motivo de alegria para Sua Santidade. O Papa foi informado quase minuto a minuto do que se passava no estádio Pedro Bidegain, onde o time dos seus amores recebeu o clube paraguaio Nacional. A primeira metade do jogo foi disputada enquanto Bergoglio voava para o Oriente para participar de uma visita à Coreia do Sul. A segunda, quando o Papa já havia desembarcado em Seul. Francisco gozou da vitória à distância e em solidão, mas, uma semana depois, foi capaz de libertar completamente a sua alegria quando um grupo de exultantes dirigentes e jogadores trouxeram o troféu ao próprio Vaticano. “Saúdo de modo especial os campeões da da América, a equipe do San Lorenzo, aqui presentes, que faz parte da minha identidade cultural”, disse o Papa durante o emocionante encontro. Naquele dia, 20 de agosto de 2014, o troféu, desenhado em 1959 pelo ourives italiano Alberto de Gasperi, brilhou entre as obras-primas de gênios surgidas do mesmo país, como o toscano Michelangelo Buonarroti ou o napolitano Gian Lorenzo Bernini. Talvez o primeiro milagre do Papa Francisco tenha sido fazer com que a Copa Libertadores da América brilhasse em um dos principais focos culturais e religiosos da humanidade.

Vitor Hugo Ribeiro

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