70 anos do Maracanã
A vitória do Remo sobre o Flamengo, por 2 x 1, no dia 25 de outubro de 1975, não foi apenas a primeira de um time paraense no estádio, foi também marcante por ser diante de uma equipe que já dava mostras que seria a melhor do mundo depois. Raimundo Mesquita, para muitos torcedores o maior jogador da história do Leão Azul e reconhece, que a despeito da força do Mengão, se a partida fosse realizada em outro estádio, não seria tão lembrada como é hoje. “Com certeza absoluta não teria tanta importância se fosse em outro estádio. Por tudo que representava o Maracanã e, além do mais, era onde o Flamengo ganhava tudo, era a casa deles”.
Mesquista voltou a marcar no então maior do mundo com a camisa do Paysandu, no dia 22 de fevereiro de 1983, o Papão perdeu por 3 x 2 para o Flamengo, pela Taça Ouro. Para ele, a lembrança desses dias é algo vivo até hoje. “É indescritível a sensação de jogar em um estádio que é considerado o templo do futebol mundial. Eu jamais imaginaria, a sensação é absolutamente espetacular.”
O volante Charles Guerreiro teve bem mais oportunidades de pisar no gramado do maraca. Foram sete ano de Rio de Janeiro, onde defendeu Vasco, Fluminense e, principalmente, Flamengo, onde esteve por cinco temporadas. A estreia foi com a camisa Rubro-Negra, em 1991. “Foi contra o São Paulo, que depois foi campeão do mundo. É a melhor sensação do mundo”. Para Guerreiro, um jogo em especial tem uma lembrança especial, a primeira final do pentacampeonato Brasileiro, em 1992. “A final contra o Botafogo, no qual nos tornamos campeões brasileiros para 150 mil pessoas, foi uma sensação indescritível. Jogar no Flamengo é a mesma coisa que jogar na Seleção Brasileira”.
História
O Maracanã sofreu várias alterações ao longo dos anos, em especial nas últimas duas décadas. A mais polêmica delas foi para a Copa do Mundo 2014, no Brasil. Para Guerreiro, as obras descaracterizaram a parte do tradicional estádio. “O Maracanã era terapia do povo, com uma geral que nos conectava com o público, com o Brasil. Ali estávamos perto de pessoas que pagavam bem mais barato para ver seus ídolos, seu clube. O fim da geral foi uma desgraça para a torcida e também para os jogadores”, disse. “Outro crime que cometeram foi a derrubada da marquise do Maracanã, um cartão postal do Brasil, para transformar o Maracanã numa arena qualquer”, completou o ex-jogador.
Já para Mesquita, hoje engenheiro agrônomo e responsável pela manutenção do gramado do Mangueirão, o estádio carioca vai ter sempre seu charme mesmo com as alterações.
“O Maracanã jamais vai perder sua mística e seu glamour. Ele faz parte da história de todos nós brasileiros”.
Matéria: Taylon Maués, jornal Diário do Pará.
Edição: Vitor Hugo Ribeiro.
Comentários
Postar um comentário